segunda-feira, 22 de junho de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO AMBIENTE ESCOLAR

A principal dificuldade em se praticar a Educação Ambiental no cotidiano do ambiente escolar se dá na generalizada incompreensão do significado de meio ambiente. É comum perceber o não entendimento de que o meio ambiente não é apenas fauna e flora, e que os seres humanos também fazem parte da natureza. Boa parte daquilo que se diz tratar de Educação Ambiental hoje em dia, na verdade, se identifica com atitudes desvinculadas do contexto no qual se insere ou com o qual interage, alicerçadas em conceitos vazios, palavras ocas ou ativismo irrefletido. Essas ações pontuais são indesejáveis para quem pensa uma Educação Ambiental crítica e transformadora.

No que tange à Educação Ambiental e sua relação com a escola em trabalhar temas atuais percebemos que a tendência a sobrevalorizar as respostas tecnológicas diante dos desafios ambientais acaba por criar uma abordagem despolitizada da temática ambiental, culminando com uma perspectiva limitada ou inexistente sem ênfase nos problemas ligados ao consumo e modos de produção. Falta a relação entre as dimensões sociais e naturais e a contextualização econômica e política em relação à responsabilidade sobre os impactos ambientais, banalizando as noções de cidadania e participação que na prática são reduzidas a uma concepção totalmente passiva. Não podemos simplesmente implantar a coleta seletiva sem antes discutir a extração de matéria prima, utilização de recursos naturais, modos de produção, consumo e descarte de lixo, por exemplo. É preciso problematizar, é preciso haver um processo para que a coleta seletiva faça sentido aos alunos.

Comportamentos ambientalmente e socialmente corretos representam, antes de tudo, a ética no sentido mais amplo de seu significado, ou seja, a ética universal. Isso se refletiria em cumprir o desenvolvimento voltado para a sociedade sustentável, um desenvolvimento que proporcione verdadeiras melhorias na qualidade de vida humana e que, ao mesmo tempo, conserve a vitalidade e a diversidade do planeta. Cada indivíduo precisa compreender que é parte integrante do ambiente e que, através de suas ações, é agente modificador do mesmo, participante da sociedade, interagindo como iguais e compartilhando os mesmos direitos e deveres.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O PACTO GLOBAL


Cada vez mais temos cada vez menos motivos para dizer que não sabemos ou não temos informação e apoio em práticas mais sustentáveis. Ontem pela manhã participei de uma reunião na Fiesp sobre o PACTO GLOBAL, que além de esclarecedora, foi muito didática. E se um dos princípios da Educação Ambiental é dividir e divulgar essas boas informações vamos lá!


O Pacto Global é uma iniciativa desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção refletidos em 10 princípios. Bárbaro!

Ele foi lançado durante o Fórum Econômico de Davos, em 1999, pelo Secretário-Geral da ONU na época, Kofi Annan que desafiou os líderes empresariais a adotarem o Pacto, tanto em suas práticas corporativas individuais como no apoio às políticas públicas apropriadas. A idéia da criação do Pacto Global considerou que as empresas são protagonistas fundamentais no desenvolvimento social das nações e devem agir com responsabilidade na sociedade com a qual interagem. Nada mais razoável visto que na medida em que se envolvem nesse compromisso, contribuem para criar uma sociedade mais justa e compreendem mais profundamente as oportunidades existentes num contexto social complexo e dinâmico.

A adesão ao Pacto ocorre com a assinatura de um documento em que se estabelece um compromisso da empresa em apoiar em suas práticas de negócios os 10 princípios baseados em quatro eixos: Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anti-Corrupção. Não é um instrumento regulatório, um código de conduta obrigatório ou um fórum para policiar as políticas e práticas gerenciais. Não! É simplesmente uma iniciativa voluntária que procura fornecer diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, através de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras. Por isso, todas as empresas do mundo, sem distinção da que área em que atuam nem de que tamanho sejam, são convidadas a participar.

O objetivo do Pacto Global, portanto, é encorajar o alinhamento das políticas e práticas empresariais com os valores e os objetivos aplicáveis internacionalmente e universalmente acordados em quatro áreas que foram escolhidas por possuírem um potencial efetivo para influenciar e gerar mudança positiva, listadas a seguir:

(Direitos Humanos)
1) As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente; e
2) Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos. (Trabalho)
3) As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;
4) A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;
5) A abolição efetiva do trabalho infantil; e
6) Eliminar a discriminação no emprego.
(Meio Ambiente)
7) As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;
8) Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; e
9) Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis.
(Contra a Corrupção)
10) As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

Vamos colaborar? Visitem o site, entendam a proposta, divulguem o que já sabem e, se possível, incentivem empresas a aderirem ao Pacto Global! Que tal!?
www.pactoglobal.org.br/

sexta-feira, 5 de junho de 2009

AO DIA DO MEIO AMBIENTE


Que não seja só por um dia, nem só pelas plantas ou pelos bichos, ou pela Amazônia ou pela água. Que não se levante nenhuma bandeira que não seja a da ética e o respeito a tudo que nos rodeia.

Que este dia sirva apenas de alerta, um dia marcado para que possamos refletir, pensar em estratégias para um desenvolvimento voltado para a sociedade sustentável, que proporcione verdadeiras melhorias na qualidade de vida humana e que, ao mesmo tempo, conserve a vitalidade e a diversidade do planeta Terra. Que assim seja!!!