segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lei de Responsabilidade Ambiental


Antes de colocar a segunda parte de minha novela “metamorfose”, vou colocar um post de uma amiga blogueira super antenada que merece ser lido e repassado (com os devidos créditos, é claro). Segue “post protesto” de Taís Vinha:

Lei de Responsabilidade Ambiental - por Taís Vinha

Em julho, visitei Ribeirão Preto, SP e fiquei chocada com a quantidade de lixo nas ruas. Papelão, sacos plásticos, folhetos de propaganda, pets, latas, caixotes quebrados e até um sofá velho vi jogados no calçamento e nas praças do jardim Mosteiro e da Av. Treze de Maio. Isso sem falar na completa falta de regras para placas e autidóres (mobiliário urbano). A minha querida cidade natal é uma das mais poluídas visualmente que conheço.
Semana passada passei em frente à escola João Cursino de São José dos Campos, SP e fiquei chocada com a quantidade de lixo na calçada e no lado de DENTRO dos portões da escola.
Neste final de semana, visitei o bairro do Capricórnio, em Caraguatatuba, litoral norte de SP e fiquei prá lá de chocada com a quantidade de lixo nas ruas. Lixo de consumo e entulho de obras. As simpáticas vielas de areia deste bairro estão tomadas por sujeira. E no mercadinho local há um cartaz alertando para o surto de escorpiões e aranhas. O preço que pagamos pela porquice é alto. Que me perdoem os porcos.
Caminhei pela praia de Massaguaçu até a Lagoa Azul e pude constatar que a sujeira é generalizada. A Lagoa fica em área de preservação e lá não há nenhuma lixeira ou presença do poder público. Resultado: a quantidade de lixo jogada por todo lado é assustadora. Latinhas, pets, emaranhados de linhas de pesca, chinelos, bitucas, cadeiras de praia quebradas, tampas de protetor solar, fraldas, sacos plásticos em profusão e abundância. E cocô. Muito cocô flutuando na água marrom daquela que já foi uma linda lagoa azul.
Cheguei à conclusão que, pior do que a população, que não está nem aí, é o poder público que foi eleito pra botar ordem na casa e não faz NADA. Não há trabalho algum de educação (nem mesmo numa escola), não há coleta eficiente, não há fiscalização. Não há nem lixeiras numa área de preservação que RECEBE turistas! E é vendida como um dos cartões postais da cidade.
Precisamos de uma Lei de Responsabilidade Ambiental nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal. O sujeito é eleito, tem que saber que precisa cuidar com seriedade da preservação ambiental da sua cidade. Tem que promover medidas educativas. Tem que fiscalizar, tem que multar, tem que fazer a despoluição visual, a destinação correta do lixo, preservar os mananciais, construir ciclovias, exigir a recuperação de áreas degradadas, tratar o esgoto, buscar soluções, desenvolver projetos e parcerias etc.
Lei de Responsabilidade Ambiental já. Ou os homens públicos se comprometem verdadeiramente com o meio ambiente ou correm o risco de ir pra cadeia. Porque não é só com dinheiro que se pratica a corrupção. O descaso também corrompe.
Lei de Responsabilidade Ambiental:
Leia mais sobre essa proposta, clicando aqui.
Ombudsmãe - http://ombudsmae.blogspot.com/

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ARTIGO INTERESSANTE

Olá!!! Estou viva...
É que pela descrição do artigo anterior vocês podem imaginar como andam meus dias. Nunca coloquei textos de outros sites aqui, mas achei este tão interessante que merece ser divulgado. Prometo escrever neste final de semana, vai ser a parte 2 da Metamorfose Ambulante... aguardem!
Abraços
21/10/2009 - Por Wanderlei Ferreira*
Se, até poucos anos atrás, os empresários do mundo, em especial os do Brasil, pouco se importavam com o meio ambiente, agora temos sinais claros de que essa mentalidade está mudando. O International Business Report 2009, pesquisa anual feita pela Grant Thornton International, com 7.200 empresas privadas de capital fechado (ou Privately Held Businesses, PHBs) de 36 países, inclusive o Brasil, mostra que pelo menos 51% do total das companhias estão dispostas a abrir mão de parte dos seus lucros para proteger o meio ambiente. É uma grande mudança de paradigma. Entre os brasileiros, o índice de empresários dispostos a perder parte da rentabilidade em prol da sustentabilidade é um pouco menor do que a média mundial, chegando a 43%. Mas é um número bem alto, se comparado ao que se via no passado, inclusive em anos mais recentes.

Percebe-se claramente que a adoção de práticas verdes e de produção limpa vem norteando o planejamento estratégico de um número cada vez maior de empresas, de todos os tamanhos e setores. Esse processo de evolução da sociedade com relação ao meio ambiente mostra, principalmente, que o meio empresarial está percebendo que o consumidor está cada vez mais preocupado com as questões ligadas à sustentabilidade e está mais exigente também. A tendência é que a pressão dos consumidores aumente nos próximos anos, levando o setor produtivo a mudar de atitude, nem que seja apenas para a preservação do próprio negócio. De qualquer forma, quem sai ganhando é o meio ambiente.

Há mais um dado que merece ser destacado nesta análise. Esses empresários perceberam que, se não cuidarem da sustentabilidade, no futuro itens como matéria-prima e água poderão ficar cada vez mais caros e escassos, elevando os custos e, consequentemente, diminuindo a rentabilidade e a produção. A pesquisa da Grant Thornton International mostra também que, entre todos os empresários ouvidos na América Latina, 56% garantem que adotariam práticas ambientalmente corretas. Já 37% preferem manter a rentabilidade. O Chile é o país com maior preocupação ambiental (89%), seguido da Argentina (80%) e do México (60%). A região da Ásia Oriental concentra o maior número de empresários dispostos a defender o meio ambiente (61%).

Em outra pergunta da pesquisa, à qual os empresários deveriam responder se consideravam que a comunidade empresarial do seu país se preocupa ou não com o meio ambiente, foi feita uma média entre as respostas positivas e as negativas. A média mundial foi de 30%. Entre os brasileiros, esse número foi de 34%. Isso demonstra, mais uma vez, que o executivo brasileiro se importa cada vez mais com a sustentabilidade, com as práticas verdes. Na Argentina, no entanto, os números não são bons, pois foi o país onde essa percepção foi mais negativa – o índice final ficou em -34%. É interessante notar que nos países onde a percepção com a preocupação ambiental foi baixa, como no caso da Argentina, Turquia, Grécia e China, os empresários estão mais dispostos a abrir mão do lucro para melhorar o meio ambiente.
A pesquisa deixa claro que o lucro não é, obviamente, o único fator que conduz as práticas empresariais. Além da ética e da preocupação social do emprego, agora também chama a atenção o meio ambiente. Restará às empresas que ainda não atentaram a esse grande assunto rever seus planejamentos e inserirem-se no conceito de entidades que respeitam o meio ambiente. Sem dúvida, esse será; um dos fatores importantes no sucesso dessas organizações.

* Wanderlei Ferreira é Sócio da Terco Grant Thornton.
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=64820&edt=1
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